Segunda-feira histórica.
Quarenta anos depois do 25 de Abril, que se saiba, é a primeira vez que às escâncaras entra no Palácio de Belém um agente do KGB, ou dito melhor, alguém que trabalhou para aquela sinistra organização da era soviética.
Tem dedo na proeza o líder do PS-Madeira, que na rota da sua actual programação/estada, lisboeta, leva consigo à audiência com o Presidente Marcelo, um homem com imensa experiência política, seu mentor desde a primeira hora, alguém que imagine-se tentou em tempos governar a nossa terra.
Como diz a expressão popular, cruzes canhoto.
O ex-agente do KGB nome de código Miron, carinhosamente tratado pelo ''pereirinha'' como Max, vai percorrer a rampa do Pátio dos Bichos, subir a escadaria de acesso à Sala das Bicas e pisar o seu chão em mármore. A passada será larga e rápida, hábito aprendido na velha escola. Não terá tempo para apreciar os belos azulejos das paredes.
Que estopada vai ter de suportar o Presidente, apesar de se lhe serem conhecidas grandes doses de bonomia. A comitiva socialista madeirense, vai levar a Belém a já resolvida questão do Representante instalado em São Lourenço, quem sabe na esperança de ver o ''velho'' Miron como uma solução de transição. O tema candente do CINM vai ser exposto ao Presidente da República, segundo versão ''pereiriana'' e como se não bastasse a delegação da ''mãozinha fechada'' quer falar também de turismo e da economia regional.
O terceiro elemento da delegação uma conhecida figura anafada que se destaca na bancada do PS na nossa Assembleia vai ficar calado.
Quem deve estar com uma grande ''cachola'' é um tal ''renovadinho recauchutado'' ele que sabe tudo, sobre tudo, e teve a falha imperdoável de se esquecer de pedir uma audiência a Belém. Nisto foi batido pelo ''pereirinha''. Mas as coisas são como são e um homem não é de ferro. Ou bem pensar no lúdico ou trabalhar.
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