terça-feira, 23 de outubro de 2018
Lisboa sempre teve uma representação permanente aberta na cidade do Funchal. A sua actividade atinge o estado de frenesim sempre que há governos da mãozinha fechada na velha capital do império perdido.
A actual sede está instalada na rua da Alfândega, e recrutou nos últimos anos uns disponíveis para o papel de propagandistas do centralismo lisboeta e outros para o ainda mais desprezível papel de agentes, bufos e ouvidores colocados de forma dissimulada por toda a Região.
O Representante institucional e o seu staff limitam-se agora ao papel de organizadores de visitas à Fortaleza concluída pelos Flipes de Espanha durante o período da ocupação no século XVI. À época os forasteiros acabaram a fugir a sete pés da ira do povo, como conta a história. É nos luxuosos salões onde viveram representantes do poder colonial que se realizam hoje concertos para violino e piano e declamações de poesia. Coisas eruditas ao que se sabe frequentadas por conhecedores e outros que querem ser conhecidos.
A chafurdice ficou para um prédio restaurado da rua da Alfândega, lugar onde se fazem juramentos à submissão, se prometem empregos políticos e se discute em voz alta (no modo tasca da esquina) em dias de longas rodadas.
Ouvir, relatar, sabujar, é muito comum nos dias em que um certo vindo do norte da ilha, mete a chave à porta. Os pobres de espirito presentes, gente sem vida própria, sem carreira com salários dependentes da política, não sabem nada de nada e são olhados de alto pelos senhores dos clãs que não põem os pés na sede, mas exigem a salvaguarda dos seus interesses particulares e negócios e para isso metem lá alguém a controlar a coisa.
Aquilo é mau de mais, falta inteligência e conhecimento da vida real. Depois há ainda o professor de geografia que perdeu o Norte. Eles depositaram toda a confiança no tipo para poderem continuar com as suas vidinhas e a alimentar os abdómenes distendidos de pelo menos dois seguidores. O problema é que o fulano anda uma barata tonta. Interrompeu as sessões one man show como aquela realizada no Lido, está a ser acusado de manter conluios com grupos e empresários para todas as estações, escaqueirou a cidade, tem uma defesa para preparar, anda com um rol de promessas por cumprir e ao que que consta já muda de passeio assim que vê ao longe as vítimas das suas leviandades e persistentes mentiras.
Diz quem anda por lá perto, que a coisa pode rebentar a todo o momento.
Até o ''lebre amestrada'', andará inquieto com as fugas de informação que meteram os seus rebentos ao barulho.
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