segunda-feira, 2 de novembro de 2020

Pelos cantos da cidade, onde ainda se tenta vender todas as manhãs o folheto havia as sobras do costume, mas também um cheirete a tinta fresca de gráfica, vindo de um encarte de propaganda politica, jogado  no meio do chão, onde se destacava o roubo do título da uma velha canção de Tony de Matos. 

"Lado Lado" era assim que se chamava o hino à dor de corno, gravado no final dos anos 50 ou porventura em plenos 60  do século passado.

Mas porque raio, perguntavam aos transeuntes, este fulano "governa pouco e muito mal" Barreto havia de dar mais uns milhares dos nossos dinheiros a uma porcaria que ninguém lê nem conteúdo de jeito tem, ou  como dizia um conhecido empresário da praça;  "vejo a vida a andar para traz todos os dias e há gente no governo que nada produz de jeito e anda  a comprar informação amiga com o dinheiro do povo"

Não se sabe o que levou a esta repentina cópia dos métodos socialistas, por uma secretaria tutelada pelo partido do Chicão, ainda por cima de utilidade questionável.

Terá o cliente do encarte ou a suas assesorias lido a letra ou ouvido a canção Lado a Lado, em particular na parte em que se diz;  "Não sei qual é de nós mais desgraçado" e mais adiante quando se pergunta " O que foi que passou entre nós ...que nos separou". Ou ainda;  "Por que foi que os meus ideais morrerem assim, dentro de mim".

Será que o tom dor de corno do Lado a Lado foi a fonte de inspiração do suplemento? 

  


        

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