terça-feira, 13 de novembro de 2018



Completaram-se três anos sobre a data em que o suburbano que ainda anda a ser endeusado por uns tontos, teimosamente levou por diante a privatização da Tap.  Como a coisa durou poucos dias, são também os mesmos três anos que estão a passar sobre o dia em que o actual  governo da República,  decidiu avançar com a farsa da recompra, feita em nome dos interesses nacionais, onde se incluem as obrigações constitucionais em matéria de continuidade territorial.

Ora foi neste neste clima de lembranças tristes, que passou pela Assembleia Legislativa um administrador a meio tempo, por sinal madeirense, que fez questão de fazer uma perninha na Comissão Eventual de Inquérito sobre a forma como a Tap anda a lidar com a população da Madeira.

O dito senhor administrador a meio tempo, fez questão de recorrer várias vezes à palavra muito.

Disse que a ''Tap é muito, muito importante para a Madeira''.
Disse que decorrem em Lisboa, reuniões muito, muito importantes, onde aquele problema dos preços pornográficos  dos bilhetes (classificação que muito irritou o seu chefe brasileiro quando cá esteve) tem estado sobre a mesa.

Não disse e foi incapaz de reconhecer, que a acompanha onde ocupa um lugar de administrador está a prejudicar muito, mas mesmo muito, os seus conterrâneos.

Estuporou, quando foi convidado a responder de forma directa às questões concretas que lhe foram postas. Chegou a acusar a Comissão Parlamentar de ter motivações políticas, mas todo o seu comportamento mostrou que outra coisa não existiu na sua repentina disponibilidade para vir aqui depor. Quem assistiu viu um socialista e activo dirigente partidário e só a espaços um administrador sem voz activa no ''clube'' de brasileiros que gere os destinos da nossa companhia de bandeira.

A Tap modelo low-cost e que se faz pagar, no que diz respeito à Madeira, como uma companhia de primeira linha é hoje uma vergonha. O seu serviço piorou em todos os sentidos, mas o senhor administrador acha que não é bem assim.

Ainda nas palavras do senhor administrador a meio tempo, a tal Tap tem em relação à Madeira, uma oferta superior à concorrência (diz que aumentou 200 mil lugares). O problema é que isso não se repercute nos preços praticados nas ligações com a Madeira.

Saiu furada a intenção do senhor administrador, apesar da suavidade cúmplice dos seus correligionários, e foi vê-lo  às voltas na cadeira, por vezes mal comportado (coisa feia), mostrando incompreensíveis desconhecimentos, face ao lugar que ocupa, nomeadamente quanto aos números do contrato de recompra, número de companhias que operam no nosso aeroporto e mais umas coisinhas que não merecem perdão.

Acossado falou na criação de um Director Geral a sedear no nosso aeroporto (job à espera de alguém?) insistiu na mentira do preço médio do tarifário, mostrou aflição quando alguém lhe perguntou a opinião sobre a barbaridade antonoaldina dita aquando da passagem do brasileiro por aqui, de que a ''Tap não tem qualquer obrigação de serviço publico''. Balbuciou envergonhado??? que o chamado adiantamento a que são obrigados os madeirenses ''devia ser acompanhado''... mas não disse como. Sobre a deliberação aprovada por todos os partidos na ALR, que defende o pagamento apenas dos oitenta euros no acto da compra dos bilhetes e que aguarda votação na Assembleia da Republica, disse que era matéria essencial, mas logo lançou o papão do abandono da linha por uma companhia concorrente...baralhanço total.
A propósito de nada (talvez apenas para entreter) anunciou que estava autorizado a anunciar a disponibilidade do carreirista Frasquilho para vir a uma sessão da Comissão Parlamentar... pergunta-se para dizer o quê???

Enfim, parafraseando o senhor administrador a meio tempo, ele disse  muitas, muitas coisas sem sentido durante a sessão realizada no parlamento.

Ainda assim, contrariou o chato e arrogante antonoaldo, quando lhe fugiu a boca para a verdade e disse que está escrito que na sua condição de detentor da maioria do capital da Tap ''O Estado pode intervir em matérias consideradas crucias''.

Esperemos que não se esqueça de lembrar essa ''pequena'' obrigação legal ao sue amigo Costa na primeira oportunidade.

Se pelo caminho encontrar o ministro Marques diga-lhe que a maioria dos madeirenses o consideram um merdinhas arrogante...
 
  

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