domingo, 9 de dezembro de 2018


O homem apareceu numa ''novela'' transmitida na estação do tio Balsemão com uma indisfarçável  narsa de todo o tamanho, armado em mártir. A rapariga co-autora da peça desembarcou em dia de acalmia no aeroporto. Mal preparada  engoliu toda a mentirada que lhe venderam.

Ocultou (ou alguém fez por isso) as barbaridades e as perseguições consumadas em julgamentos na praça pública patrocinadas pelo tipo que manipulou e acicatou a multidão tentando fazer uma tenebrosa justiça à maneira popular.

Aquele que é hoje um ancião, desrespeitador da doutrina da tolerância, continua a ser um vaidoso sem rumo. Representa um dos momentos mais negros da história desta terra.

Virou a casaca quando andou pela política. Manteve os paramentos sempre à mão para proclamar a mentira e a manipulação do seu ''rebanho''. Ousado, mandou mãos sãs bordarem o ornamento, que passou a usar e ofendeu a crença alheia gozando em público com os valores que devia respeitar.

Apareceu ofegante com um molho de jornais, alguns da estranja para impressionar a estrela televisiva.

Não se sabe se pelo meio de umas aguardentes chegou a passar os olhos pelas suas páginas.

É passado muito triste, mas pela graça do senhor é passado.

Pelos vistos o exótico ainda vende quando se anda à procura de audiências.

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