sexta-feira, 10 de abril de 2020


Até parece que a Madeira é habitada por um bando e irresponsáveis, para não dizer selvagens incapazes de viver em sociedade.

O facto do veículo da notícia ser um dos diários mais desmentidos na história do jornalismo, aquilo que veio estampado numa primeira página deve ser encarado como um acto desesperado para estancar as malditas sobras de papel que estão a dar cabo do tino dos tipos.

Os madeirenses estão a dar mostras de civismo, cumprindo ao que se sabe até agora, todas as restrições impostas nestes dias de excepção. As autoridades, nomeadamente as que foram mandatadas para fazer o controlo do espaço público durante a aplicação do Estado de Emergência, estão a desenvolver o seu trabalho de forma pedagógica e não há notícias de incumprimentos graves que tenham justificado o uso da força.

Cidadãos e polícias que antes de mais são cidadãos com responsabilidades acrescidas, fazem parte da mesma comunidade.

Manchetes que apelam à violência policial neste período particularmente difícil da vida de todos nós, só podem ser vistas como consequência de transtornos de derrotados à procura de notícias que os salvem da catástrofe anunciada lá dentro, a qual não tem nada a ver com a pandemia da Covi-19. Mesmo assim, merece escrutínio a declaração que apela a acções implacáveis.  É que os madeirenses já estão fartos de serem tratados como a excepção que deve ser penalizada e vigiada pelos poderes instalados a novecentos quilómetros de distância e seus apêndices aqui colocados.  

A população desta Região Autónoma merece respeito...

Já agora, os madeirenses e os porto-santenses não precisam de amigos da onça.  A "Resolução da propaganda", como resolução que é, não tem força de lei e ao contrário do que dizem certos escribas de Portugal, panfletos do costume e respectivos comparsas, é apenas uma recomendação que pode ou não ser adoptada pelo poder executivo. O sentido do voto contra do PSD, PS, PEV - o PC joga nos dois tabuleiros - as abstenções das restantes oposições e a posição do partido proponente sugerindo a suspensão temporária da Lei das Finanças Regionais é vergonhosa e revela oportunismo. Por isso, no momento em que todos assistimos a "assobiar para o lado" do mais alto magistrado, só nos resta repudiar o comportamento desta "gentinha"que parece continuar a padecer de complexos colonialistas dos tempos da monarquia derrubada e do salazarismo vingativo.

Pela Madeira sempre!            

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