Há momentos na vida política que nos mostram à escancaras a massa de que são feitos certos personagens.
A covardia emerge quase sempre escudada em princípios e emaranhados que não conseguem esconder o carácter dos fugidios.
Recusando a sua presença numa comissão de inquérito parlamentar para a qual foi convocado, o autor da nega desrespeita o primeiro orgão da nossa autonomia e demonstra que tem um grande peso na consciência.
Mude de conselheiros, mude de agência, mude os experts, o que tem vindo a fazer nos últimos tempos nada tem de genuíno, até a treta da proximidade às pessoas (primeiro as pessoas fizeram-he afirmar à exaustão) já não comove.
A estratégia da lebre está a dar cabo da ambição (a perda de ''gás'' é evidente) e a burla em andamento não dignifica os protagonistas. A falta de qualidade e o conhecimento rudimentar demostrados é confrangedora.
Quem se comportou daquela forma nas horas e nos dias que se seguiram à tragédia de Agosto tem muito por explicar.
Ao contrário do que é afirmado na desculpa mal amanhada, existem circunstâncias excepcionais que exigem uma ida ao parlamento.
De forma alguma o respeito pelas decisões da Assembleia Legislativa Regional, colide com o respeito da separação dos poderes.
Para andar na política é preciso tê-los no sítio... os tempos do flower power já la vão.
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