domingo, 15 de março de 2020
Passadas quatro décadas aquela gente continua a não saber lidar com as Autonomias.
A Madeira (os Açores também) decidiram colocar todos os passageiros que cheguem aos dois arquipélagos em quarentena. Pelos vistos houve pelo rectângulo houve quem não tivesse gostado da sensata decisão dos governantes insulares face à imprevisibilidade da evolução do COVID-19. O eventual recurso a esta decisão, pelo menos no caso da Madeira, era do conhecimento do governo lisboeta, mas como a resposta tardava, houve decisão suportada na legitimidade de quem governa a nossa terra. A directora-geral da Saúde chegou a dizer que o Estado português estava a analisar a decisão, uma vergonha quando está em causa um grave caso de saúde pública. Será que estavam à espera do relatório do bufo e agente aqui destacado?
Por isso fez muito bem o governo da nossa terra em avançar, com a quarentena, enquanto encara também a cessação das ligações aéreas com os países que regsitam casos de cidadãos contagiados pelo coronavírus.
A Madeira tem o seu governo próprio, com mandato concedido pelo maioria do nosso povo para defender os interesses dos seus cidadãos e não podia estar dependente das decisões tomadas pelos poderes centrais em função das opiniões de execráveis agentes sem qualquer legitimidade.
Entretanto, não pode passar em claro a forma como foram tratados passageiros da TAP (grande maioria madeirenses) com destino à Madeira, jogados ao molho e fechados para o interior de um autocarro durante meia hora no aeroporto de Lisboa, sem que tenham sido acauteladas as medidas de segurança que eles andam a apregoar a toda a hora pelas televisões.
Quanto ao aconselhamento do governo colonial a para que os "ditos cidadãos nacionais" (quem não nasceu ou vive por lá pelos vistos não merece igual tratamento), a não voarem para a Madeira...uma vergonha, mais uma, protagonizada pelo inenarrável ministro Cabrita.
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