quarta-feira, 11 de março de 2020
Será que vão deixar passar mais esta falta de respeito de um membro do governo central para com os eleitos pelo povo desta Região Autónoma de Portugal.
Um tipo que jurou "cumprir com lealdade as suas funções" no dia da posse como ministro do governo de Portugal e não dos votantes no PS, um Nuno Santos, tido pelo maior esquerdalha dos corredores do poder lisboeta e deste governo com tiques colonialistas, confirmou a sua presença numa reunião com os deputados da Assembleia Legislativa da Madeira na qual se pretendia abordar mais uma vez a malfadada questão da mobilidade e o recorrente comportamento da Tap, a companhia aérea por ele tutelada - não esquecer que o Estado português tem a maioria do capital da companhia, em consequência da reversão de uma privatização feita à pressa por um fulano de má memória que andou por aí...
Ora, o Santos feito ministro, para não ter de se meter no avião e vir até aqui, invocou uma vergonhosa indisponibilidade e comunicou o cancelamento da reunião com os deputados do parlamento regional, agarrando-se a um parecer da Procuradoria Geral da República (afinal há ou não há a tão apregoada separação de poderes?)
Este, senhor muito dado a um certo radicalismo discursivo, do tipo quero mando e posso, tornou-se ministro das Infraestruturas, e as borradas não têm faltado no seu percurso governativo. Tudo indica que a decisão de não se deslocar à ALR, por sinal vergonhosamente aplaudida pelo bufo vendido aos grandes interesse representados pelos descendentes dos exploradores do povo da Madeira e aos novos aproveitadores (há quem diga que é agente e autor de relatórios ao estilo dos antigos ouvidores do reino), resultou de conversas com o merdas hoje deputado na Europa, um asco que também afrontou os nossos eleitos e ofendeu os madeirenses e os porto-santenses.
Significativa é a convergência de todas as forças políticas representadas no nosso parlamento condenando a atitude do colonialista Nuno Santos. A excepção foi o partido de Lisboa, pela voz do já citado forasteiro que ainda por cima não nos representa na nossa casa da democracia.
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