Aquela conferência que vai juntar meia dúzia de empresas que nem IRC pagam na Madeira e uns vendidos que apenas representam à volta de 2% do nosso PIB, mais os caviares que manobram aquela coisa que foi sempre derrotada pelo povo, razão para a sua sede de vingança, está a transformar-se em mais uma provocação dos poderes lisboetas, com a ajuda dos sabotadores locais.
É triste assistir à rendição de uns oportunistas ainda contagiados por velhos agachamentos que julgávamos erradicados.
É triste ver gente que já devia ter juízo a alinhar ao lado de traidores e desenraizados.
Imagine-se que a Câmara (será a embaixada que o Terreiro do Paço encontrou por aqui?) anda a arregimentar funcionários para compor a sala onde se vai realizar o ajuntamento. Terá o careca descoberto ali pelo Largo do Colégio uma espécie de funcionários empresários?
Uma pouca vergonha!
Para piorar a coisa então não é que também nos próprios serviços do governo há quem esteja preocupado com a eventual ''falta de calor'' que o tal primeiro Costa possa sentir e desatou a incentivar a presença na farsa de gente da Educação, dos Assuntos Sociais, Finanças e Economia?
Vergonhoso, até faz lembrar os tempos da ditadura em que os pobres funcionários públicos eram obrigados a ir ouvir os senhores vindos de Lisboa e ''convidados'' e pontuar cada frase dos ditos com aplausos e vivas a Salazar.
Nesses anos um chamado deputado de nação que por acaso também dirigia o diário dos ingleses e presidia à associação de negócios da Avenida Arriaga, arrebanhava o então presidente da Câmara que deu nome à rua onde o folheto dos exploradores estrangeiros hoje se encontra, e obrigava o velho comandante que residia no Palácio colonial ostentando o título de governador às ordens do regime, a estar presente nas louvas.
Estes de agora parece que perderam o decoro e querem voltar às merdas do antigamente.
Sabujos!
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