segunda-feira, 9 de dezembro de 2019


A população da nossa terra dá cada vez mais mostras da sua desilusão com o rumo seguido pela Assembleia Legislativa o grande pilar da Autonomia.

O parlamento (instalado no local onde à centenas de anos se fazia o controlo do contrabando), a começar pelo seu estrado mais alto, mas também nas cadeiras onde se sentam os "ditos representantes escolhidos? pelo povo", às vezes mais parece uma esplanada de café ou um balcão de venda de ponchas, tal é a "qualidade" do discurso. Quando passam imagens na televisão local do lagartixa e da "turma dos protegidos" pelo panfleto, a coisa atinge níveis de indigência aflitivos.

À falta de tema, invariávelmente, eles (sobretudo a bancada comandada pelo agente cubano) agarram-se à muleta do ferry como se isso fosse um tema relevante para a nossa economia, para o emprego e para o próprio desenvolvimento da região.

Esta é uma questão que cabe ao Estado resolver... ou não será senhores da oposição rasca, uma competência do governo da República as matérias que dizem respeito à mobilidade no território nacional? Lá na terra do líder parlamentar do partido que representa o que resta do estado colonial, o governo da situação (diga-se  na verdade como muita incompetência) usa os preços dos passes nos transportes públicos como instrumento de propaganda e mostra-se incapaz de resolver os problemas da interioridade num país que se percorre de alto a baixo em menos de um dia. Sendo assim, alguém no seu perfeito juízo acredita que eles queiram (ou pensem sequer) cumprir com a sua parte para o cumprimento dos direitos dos portugueses que vivem a praticamente um milhar de quilómetros do rectângulo?

Voltando ao assunto do ferry a aldrabice para entreter papalvos. Se nos meses de verão apenas cinco mil pessoas, recorreram ao navio fretado nas Canárias, alguém acredita que no inverno haverá mais de trezentos dispostos a fazer o sacrifício de viajar num"barco" daqueles durante vinte quatro horas ou mais, quando podem fazer o percurso em pouco mais de uma hora?

Trezentos ou nenhuns...

Há porém uma vantagem que não deverá deixar de ser tida em conta. Naqueles poucos dias em que o mar -como diz o povo- está com aquele ar de azeite faziam-se umas promoções especiais para os "cubanos" e outros forasteiros irem à península (à terra como eles dizem) mas sem a garantia de não haver ondas de sete metros no dia do regresso. Aliás todos aqueles que aqui arribaram por não terem conseguido trabalho no "paraíso" socialista, deviam passar pela experiência de viajar nos "paquetes" baptizados com nomes dos vulcões das ilhas Canárias.



 

       

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