A questão das ligações entre negócios e o exercício de cargos públicos emerge com toda a pertinência quando se discute a necessidade de separar a política dos interesses particulares.
Na verdade, merece reflexão se alguém que por exemplo preside ou tem assento nos lugares de decisão de empresas fornecedoras de serviços ou bens, ao governo, ao próprio parlamento onde exerce funções, às autarquias e a instituições públicas, tem condições para exercer um lugar mesmo que esse resulte de uma eleição democrática.
Faz todo o sentido lembrar aquela história que fala da mulher de César, porque estão em causa procedimentos e intervenções sem qualquer espécie de decoro e ética.
O povo questiona, e bem, como é possível (sem que haja censura pública pelo menos até agora) haver alguém a fazer discursos, por exemplo na nossa Assembleia Legislativa, a defender a necessidade de baixar os impostos de certos produtos e quase ao mesmo tempo (poucas horas depois) aparecer em público a promover esses mesmos produtos já na qualidade de empresário.
Há aqui muita falta de vergonha!
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