quarta-feira, 17 de julho de 2019



Os dois panfletos locais bem tentam passar por cima da notícia.

O panfleto A, o maior beneficiário das mão largas do arguido, ao receber milhões todos os meses para publicar propaganda do projecto cafofista, até lhe dá honras de primeira página, mas para fala das regulares meditações do arguido, para ''espantar as más energias'', escreve a vergonha que teima em apresentar-se como ''diário matutino independente''. O problema, por mais que queiram continuar a fazer fretes é que não há Buda que salve o ainda candidato a deputado regional e arguido. Com tanta meditação será que ainda vamos vê-lo reencarnado numa árvore, num carvalho, por exemplo?

Quanto ao panfleto B a sofrer a consequências de um projecto falhado, e por isso a disputar os milhões que eles andam a derramar recorrendo aos dinheiros públicos, fala do ''Caso do Monte'' de forma tímida na primeira página, mas sem referir o envolvimento do principal responsável.

E ainda há quem tenha dúvidas sobre o perigo que este Cafofo representa para a democracia na nossa terra...








Paulo Cafôfo é de novo arguido no caso da queda da árvore no arraial do Monte 

16.07.2019 às 17h48





Paulo Cafôfo, independente reeleito para um segundo mandato na Câmara Municipal do Funchal
LUCÍLIA MONTEIRO

O antigo presidente da Câmara do Funchal e candidato socialista às regionais de Setembro volta a ser arguido no processo da queda da árvore que matou 13 pessoas na festa do Monte, a 15 de Agosto de 2017 

O ex-presidente da Câmara do Funchal foi constituído arguido durante o inquérito às causas do acidente, mas o Ministério Público deixou de fora Paulo Cafôfo no despacho de acusação feito em Setembro de 2018. Por falta de indícios sobre a responsabilidade no caso, a opção foi a de mandar para julgamento a vereadora do Ambiente e o diretor dos parques e jardins municipais, Francisco Andrade, por homícidio negligente.
O caso, no entanto, não estava encerrado para o agora candidato a presidente do Governo pelos socialistas. Alguns familiares das vítimas decidiram requerer a abertura de instrução e é neste âmbito que Paulo Cafôfo volta a ser notificado como arguido no processo. A juiza Susana Mão de Ferro, que tem o caso em mãos, vai voltar a ouvir a vereadora Idalina Perestrelo, o que está marcado para 4 de Outubro. A audiência ao responsável pelos jardins muncipais está marcada 11 de Outubro.
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O acidente, no qual morreram 13 pessoas que esperavam pela procissão de Nossa Senhora do Monte, nunca foi pacífico para a Câmara Municipal do Funchal. No dia do acidente, a 15 de Agosto de 2017, a autarquia fez saber que os terrenos onde estava o carvalho que tombou sobre a multidão eram propriedade da igreja e garantiu que a árvore estava saudável. O que acabou por se demonstrar não ser exactamente assim. A árvore estava podre e o parque figurava como na lista dos parques municipais no site da própria autarquia.
No dia seguinte ao da queda, quando o assunto estava já na tutela do Ministério Público, vários funcionários municipais e peritos contratados pela autarquia entraram no local do acidente e mexeram nos restos da árvore, alegamente para apurar as causas da queda. Os peritos e funcionários foram afastados do local, o largo da Fonte, três dias depois e a investigação foi entregue à Polícia Judiciária.
Ainda assim, a Câmara não desistiu e, mais tarde, tornou público o estudo elaborado pelo perito contratado, onde se insistia que a árvore estava sã e que a queda se deveria à trepidação dos foguetes e da música do arraial, bem como às obras feitas na zona. Conclusões que acabariam por ser contrariadas pelo perito designado pelo Ministério Público.
Não só a árvore estava doente como era possível saber isso através de uma simples vistoria ao parque e ao largo da Fonte. Havia cogumelos no tronco, o que era um sinal de que a árvore estava podre e em risco de colapsar. A verdade é que a queda de ramos de árvores, sobretudo dos plátanos, era motivo de preocupação para as pessoas da freguesia do Monte. Um mês antes do início das festas e do acidente, a presidente da junta de freguesia local enviou um oficio à Câmara do Funchal a pedir uma vistoria exactamente por causa da segurança do arraial.
A resposta da Câmara do Funchal foi a de que a vistoria seria feita quando se entendesse ser oportuno. A 15 de Agosto, a árvore que estava podre, de acordo com as conclusões do inquérito do Ministério Público, caiu sobre a multidão e matou 13 pessoas.

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