Prometeram sem ter avaliado a viabilidade do projecto e agora escundam-se num parecer de uma senhora do governo da ''geringonça'' numa vergonhosa subserviência fora de prazo e ainda por cima aparecem com ar de vencedores.
A questão do ferry com esta decisão de só em no primeiro semestre de 2018 eventualmente ver a luz do horizonte, ilustra bem a incompetência dos envolvidos que persistem em mandar poeira para os olhos de uma população que continua a não ver a forma de ultrapassar os preços das viagens aéreas a custos exorbitantes, penalizando residentes e pais que têm de mandar os seu filhos para as universidades continentais, ou simplesmente verem garantidos os seus direitos constitucionais de mobilidade.
Não vale a pena o homem da economia e transportes vir com com conversas de chacha sobre competitividade e alternativa ao transporte aéreo.
Em pleno século XXI ninguém programa a sua vida em função de longas viagens maçadoras por mar e sem condições quando há a alternativa de chegar ao seu destino em uma hora e meia.
Por mar é muito bom quando se viaja em lazer e em boas acomodações nos grandes transatlânticos.
Este senhor com responsabilidades no governo pensa que tudo se faz em modo ''extreme'' mas nunca o veremos a suportar o desconforto de uma viagem por mar entre o Funchal e qualquer porto do território continental dormindo em cadeirões desconfortáveis ou mesmo em pindéricos camarotes de navios sem condições.
Fala em preços entre os 25 e os 30 euros por trajecto e em camarotes com custos que podem chegar aos 100 euros por percurso gozando com as pessoas.
Este caderno de encargos agora apresentado que vai acabar sem interessados é mais um fracasso de um governante que nunca mostrou competência e sensibilidade para o problema das viagens entre a Madeira e o continente revelando mais uma vez a seu desprezo por uma população que deseja ver resolvida a vergonha que onera o seu direito de utilizar a forma mais rápida e eficaz para se deslocar no espaço nacional.
Devia ter vergonha.
Não passa de um agachado aos pareceres do Terreiro do Paço sujeitando-nos a uma coisa fora de prazo e que só serve para fazer circular uns carrinhos no verão, abastecer uns ''standes'' manhosos de automóveis e aumentar os lucros de uns merceeiros que andam a explorar a nossa população.
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