A mentirinhas muitas vezes dão um jeitão para resolver situações embaraçosas, para justificar atrasos, desculpar ausências e por vezes para acrescentar aquele ponto que falta ao conto...essas são as mentiras ditas inofensivas.    

Graves são os transtornos obsessivos compulsivos, de que padecem uns seres que ambicionam tomar decisões com influência directa na vida das populações. O início do mês de Abril, traz o tradicional dia das petas, tão do agrado das pessoas que gostam de uma boa piada, um hábito globalizado que   chegou a ter em anos passados, momentos memoráveis e bem arrancados usando os meios de comunicação. Por ser genuíno e espontâneo não deve impressionar quem já tem a vício da mentira e da aldrabice entranhados.  

Imagine-se o que seria promover a exibição na cidade do Funchal de uma compilação das mentiras e promessas nunca cumpridas pelo fura-vidas que ainda está ligado à nossa principal Autarquia. Todas as praças da cidade teriam de ser requisitadas para instalar os muitos painéis necessários para dar corpo à empreitada. Para concebe-la até podiam convidar o vaidoso dito arquitecto das iluminações plagiadas que deram à cidade o Natal mais pálido da história...seria a forma deste ''vai com todas'' se redimir da trampa feita no passado recente.

Bem explicado, e apresentado como um acto de cidadania responsável, o evento poderia servir de alerta para a necessidade de proteger as democracias de pessoas pouco fiáveis e doentes que não olham a meios da atingir fins.

Para além do mais seria prémio garantido no livro de recordes do Guiness e com direito a televisão por todo o mundo, ver a cidade do Funchal com o seu momento ''coletes amarelos'' (o original) com quilómetros de cartazes denunciando um leviano cujo ''programa'' politico é um grande embuste.