E ninguém tomou a iniciativa de fazer chegar ao antonoaldo um livrinho de bolso com a lei fundamentaal do país que lhe garante trabalho e posição social e já agora o Estatuto Politico Administrativo da Região Autónoma.

A passagem pela Madeira do cidadão brasileiro que se encontra à frente da Tap, fica para a história como a mais rasca e desrespeitosa presença de um funcionário de uma empresa pública nacional no território de uma Região Autónoma de Portugal. Ele chegou ao ponto de exigir a interrupção da audição parlamentar. Ordenou a saída de pessoas da sala e chegou ao ponto de pedir com ar de gozo uma pausa para ir fazer um pipi. Necessidades fisiológicas todos têm, mas há formas discretas de se comportar e estar e o tipo  também aqui mostrou pouco respeito por aqueles que foram democraticamente eleitos com o voto do nosso povo.  

O forasteiro foi malcriado, arrogante, entrou com ares de conquistador na casa da democracia e ofendeu quem ousou colocar-lhe as perguntas certas. Tratou deputados eleitos pelo povo madeirense como alguém que lhe devia obediência. Divagou nas respostas, tentou sobrepor-se ao condutor dos trabalhos, interrompeu intervenções e mentiu manipulando os valores que sustentam o assalto aos bolsos das famílias e habitantes desta terra. Negou-se a cumprir a lei. Inventou normas europeias, quiz fazer-se passar por alguém acima dos titulares de cargos políticos no país onde vive e trabalha.

Os sabujos do costume obedientes ao seu meio patrão costa, mereceram-lhe uma atenção especial. Deu-se ares de senhor colonial condescendente  com os serviçais. Sentiu-se momentaneamente nos salões de uma Chácara  brasileira. O momento deu para perceber (se dúvidas houvesse) quem coloca à frente dos interesses da população madeirense, as pobres ''carreiras'' que lhes garantem o ganha pão mensal.

É de reter a execrável intervenção do primeiro-damo mas também o momento caga-tacos de um dos membros da irmandade.

Quanto ao resto foram longas cinco horas a ouvir o brasileiro em fastidiosas chico-espertices cheias de contradições. Os ''cidadões'' madeirenses (saiu mesmo assim da boca do traste) ficaram a saber que que o antonoaldo não conhece as leis do país que lhe entregou a condução dos destinos daquela que em tempos foi a nossa companhia de bandeira

Uma golpada que meteu testa-de-ferro e tudo foi a forma encontrada para contornar as burocracias de  da Comissão Europeia, tão invocada pelo pateta para justificar o injsutificável, como é o desprezo devotado a uma parte do território português que tem de recorrer ao avião para sair da sua terra.

Acaba de ser provado que este antonoaldo quer continuar a gozar connosco e por isso não foi bonito de se ver o simulacro de rendição visto já no fim da audiência. O cínico vai continuar, se é que não vai agravar a sua vontade de alimentar as provocações.

O Estado português inverteu a privatização lançada pelo suburbano de má memória. Os portugueses e como é natural também os madeirenses foram chamados a participar na recompra e não se compreende como é que o tipo continua a achar que não está obrigado a prestar um  serviço publico que garanta a mobilidade dos cidadãos que vivem nas ilhas. A Tap é uma empresa pública é isso que está escrito. A Tap dos nossos dias não resulta de uma parceria público privada como quiz vender o brasileiro. A Tap é hoje uma empresa que está a aproveitar-se dos dinheiros da mobilidade para se financiar.

Por isso espera-se que o Presidente da Republica tenha uma palavra para os madeirenses sobretudo  depois conhecer a vergonhosa ''actuação'' do funcionário da Tap no primeiro orgão político da nossa Autonomia. Aguarda-se que o Primeiro-Ministro também fale sobre o assunto, ou que ao menos mande alguém chamar o senhor antonoaldo neves. Será a oportunidade de ficarmos a saber quem fala, quem chama quem e em que lugar se realizam as reuniões. Será a maneira de sabermos se a gabarolice do brasileiro sobre que é que lhe dá ordens é verdadeira.    

Quanto ao madeirense ainda com assento na administração de Tap e que foi desautorizado em pleno parlamento que tome uma atitude digna e peça a demissão do brasileiro que anda a achincalhar os seus conterrâneos.