terça-feira, 7 de abril de 2020
O Palácio de São Lourenço, herança de invasores e opressores, apesar de ser hoje, passados séculos património da Madeira, continua a ser um lugar por onde passam as decisões que retiram direitos à população desta Região Autónoma.
Como temos visto nestes tempos de emergência, é partir dali que se têm sido dadas orientações às forças repressivas ao serviço do poder com tiques colonialistas- que infelizmente ainda persiste - para usarem da força contra os madeirenses. Não se viu até agora nada igual no restante território nacional onde também vigora o Estado de Emergência.
É irónico - mas não deixa de ser triste - que sempre que a nossa população se queixa da forma como o centralismo lisboeta olha para nós, tratando-nos muitas vezes como se fossemos de cidadãos de segunda categoria, não haja a partir dos salões da velha fortaleza erguida durante a ocupação espanhola, palavras de reprovação, solidariedade ou um simples alerta dirigido a Belém, embora isso não desculpe a passividade de quem parece mais preocupado com o calendário eleitoral.
Ao contrário, sempre que vêm ordens de lá, toca a dar prova de vida, elevando a carga repressiva acima dos padrões definidos na lei.
Bem se imagina a pasmaceira que por ali vai, mas como disse o outro...não havia necessidade.
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