segunda-feira, 27 de abril de 2020
Quem for aos arquivos do falso "diário matutino independente"vai encontrar muitas primeiras páginas criticando o funcionamento dos nossos portos, sobre a exploração da linha marítima entre o Funchal e o Porto Santo e mais recentemente sobre a entrega sem concurso do negócio do Gás natural pela empresa de Electricidade da Madeira ao grupo que controla a operação portuária e o transporte de passageiros e viaturas para a chamada ilha dourada.
O empresário que ainda hoje lidera o Grupo Sousa, era fustigado sem piedade em páginas e páginas do dito folheto. Foi assim nos anos em que era exibido no cabeçalho o nome do agora administrador e continuou com a chegada do actual mandarete.
O que é que se passou entretanto para que tudo tivesse mudado? Mudou alguma coisa? Não, não, o cenário até piorou, os madeirenses e os porto-santenses continuam sem alternativas, indefesos e a ser submetidos ao modelo "come e cala". A par desta situação o então folheto sustentado pelas velhas manhas inglesas, começou a perder influência, a ver mais de metade das suas edições diárias a sobrarem nas bancas e a perder assinaturas e publicidade. Muitos que lá trabalhavam há anos e até jovens jornalistas foram enviados sem piedade para o desemprego, mas mesmo assim não havia forma de dar a volta aquilo.
É aqui que entra, primeiro de mansinho - com uma pequena participação no capital - o líder do tal grupo empresarial, antes massacrado nas manchetes. Não foi logo da noite para o dia, lá de "três em três mesas" ainda saia uma tímida notícia pouco favorável ao tal grupo, até que o velho descendente dos exploradores ingleses aqui arribados, ter-se-á cansado de perder dinheiro e aceitou de bom grado passar a minoritário no capital da sociedade.
O que é que temos agora? O administrador é o mesmo, o director é o mesmo, mas o gupo liderado pelo novo maioritário, desapareceu como acto de magia das páginas do falso independente, a não ser para receber elogios, do género a população do Porto Santo não tem nada a a dizer sobre o serviço do Lobo, até compreende a dificuldade em manter ao longo de todo o ano a linha em funcionamento, acha bem que no mês de janeiro o navio vá para o estaleiro para manutenção, sem que seja garantida a sua substituição, que não há concertação de preços nos transportes marítimos, que os preços praticados até estão em linha com o que se vê no resto da Europa, que é mentira e não houve qualquer aumento no início deste ano, que a OPM, presta um grande serviço à economia e aos residentes nesta terra, e que não se deve perder tempo com concursos, antes pelo contrário deve haver uma prorrogação do contrato por mais 50 anos, sem andar a chatear com a exigência do pagamento de rendas à Região.
A bem ver o "homem até está a fazer um favor à Madeira e à sua população" e é graças ao seu dinheiro que o falso "diário matutino independente" ainda está vivo...tentam impingir eles.
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